Petrobras, Caixa Econômica, Banco do Brasil. O candidato à Presidência pelo Partido Novo, João Amoêdo, defende a privatização de todas as grandes empresas públicas do país.
Mas não só. Em sua visão, serviços como Saúde e Educação também poderiam ser prestados pela iniciativa privada, com o Estado dando diretamente dinheiro para os menos abastados pagarem essas despesas, diz ele à BBC Brasil.
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Quando questionado se haveria algum serviço público no país que não deveria ser privatizado, ele é taxativo: "Acho que não".
Ex-executivo do mercado financeiro, Amoêdo diz que não é um mero representante do setor e muito menos um banqueiro - os bancos já estariam bem representados pelos partidos tradicionais, ele afirma.
Durante a entrevista, o candidato frisou várias vezes o ponto central de sua plataforma: diminuir a intervenção do Estado na economia (além das privatizações, redução da carga tributária, por exemplo) para dar maior protagonismo aos cidadãos.
O Novo defende sem concessões o liberalismo na economia, mas deixa temas polêmicos como a descriminalização do aborto a critério de cada um de seus candidatos.
O partido é financiado majoritariamente pela contribuição mensal de R$ 29 dos 19 mil filiados, já que não utiliza os recursos do fundo partidário.
Mas recebeu aporte significativo de seu fundador: ao longo dos últimos oito anos, Amoêdo calcula ter tirado do próprio bolso algo como R$ 4,5 milhões para levantar o Novo.
Outras doações importantes vieram do banqueiro Pedro Moreira Salles, do Itaú (R$ 100 mil), e de Cecília Sicupira, mulher do empresário Beto Sicupira - que ele considera que poderiam ter sido mais expressivas.
"Eu coloquei R$ 4,5 (milhões) e trabalho, eu esperava que essas pessoas que têm esse nível de patrimônio pudessem doar mais."