Ataque a facadas em Londres deixa ao menos um morto e cinco feridos

Peritos examinam o local onde ocorreu o ataque
Um homem foi preso acusado de matar uma mulher e ferir outras cinco pessoas na noite de quarta-feira com uma faca na Russell Square, na região central de Londres.
O ataque acontece um dia após o anúncio de que policias armados passariam a patrulhar as ruas da capital britânica em resposta aos recentes ataques realizados por extremistas na Europa.
O homem, de 19 anos, foi preso às 22h39 de quarta-feira (18h39 de Brasília) depois de ser imobilizado por um policial. A identidade dele ainda não foi revelada.
Segundo a Polícia Metropolitana de Londres, o autor teria "problemas mentais".
O prefeito da capital britânica, Sadiq Khan, pediu ao público para permanecer "calmo e atento".
A Russell Square fica perto de um dos principais pontos turísticos de Londres, o Museu Britânico. A região é conhecida por abrigar universidades, além de bares e restaurantes.
Em julho de 2005, o local foi palco de um dos atentados contra o transporte público da capital britânica. Vinte e seis pessoas morreram quando explosivos foram detonados dentro de um trem na estação de metrô.
Vítimas
Segundo a polícia, uma mulher na faixa de 60 anos morreu após o ataque de quarta-feira. Duas outras mulheres e três homens foram feridos.
Dos cinco feridos, dois permanecem hospitalizados e outros três já receberam alta.
O autor do ataque está agora sob custódia policial.
Área foi isolada pela polícia de Londres
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Segundo a polícia, a divisão de homicídios está liderando as investigações sobre o ataque, com o apoio da unidade antiterrorismo.
Paul Ó Geibheannaigh, que mora perto da praça, disse que viu o corpo de uma mulher "na calçada" e a área cercada por "uma forte presença de polícia armada".
"Não tinha visto tanta polícia aqui desde 7/7 (em alusão aos ataques ao sistema de transporte de Londres em julho de 2005)", afirmou.
Outra testemunha, que preferiu não ser identificada, disse que viu o suspeito sendo perseguido e imobilizado com uma arma de eletrochoque.
O homem "gritava sem parar" e a polícia dizia "pare, pare, pare", acrescentou a testemunha.
Depois de imobilizado, o homem foi segurado no chão "por pelo menos 30/40 minutos" enquanto a polícia esperava por uma ambulância.
O turista Zuhair Awartani voltava a seu hotel quando viu um homem de "pele escura" de "vinte e poucos anos" sendo preso.
"Ouvi que tinha havido uma ataque a facadas. As ruas foram bloqueadas e ninguém pôde passar".
Segundo a polícia, o motivo do ataque ainda está sendo investigado.
"Claro que nesse estágio devemos nos manter aberto às motivações e consequentemente à qualquer associação com o terrorismo...essa é uma linha de investigação sobre a qual ainda estamos trabalhando", afirmou um porta-voz da polícia.
O prefeito de Londres, Sadiq Khan, afirmou que a polícia estava fazendo "um trabalho incrivelmente difícil" e que a segurança dos londrinos era sua "prioridade número 1".