'Eu me sinto realizado, mas quero mais': os obstáculos e vitórias de ambulante com paralisia cerebral
Leonardo Mello tem paralisia cerebral leve, mas ele e sua mãe não deixaram que isso o impedisse de estudar e trabalhar.
Aos 47 anos, ele é formado em Direito e, enquanto não consegue fazer o exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e trabalhar na área, ele ganha dinheiro como ambulante da praia de Copacabana, no Rio de Janeiro.
A princípio, ele sentiu vergonha de ter de recorrer a isso para ter uma renda, mas, hoje, tem outra opinião.
"Fiquei pensando: 'Ai, mas que vergonha... Um bacharel em Direito sair por aí vendendo balinha? Que decadência'. Eu me sentia humilhado", diz.
"Hoje não, hoje eu tenho orgulho. Por mais humilde que seja a minha barraquinha, pelo menos estou conseguindo atingir meu ideal, que era trabalhar e ocupar o meu tempo. Eu me sinto realizado, mas não completamente, porque a gente nunca se satisfaz. A gente sempre quer mais e mais."
Reportagem e vídeo: Ana Terra Athayde